quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Chove!


CHOVE!

Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

José Gomes Ferreira


José Gomes Ferreira nasceu na cidade do Porto, no dia 09 de junho de 1900 e faleceu em Lisboa, no dia 08 de fevereiro de 1985, foi um escritor e poeta português, filho do empresário e benemérito Alexandre Ferreira e, pai do arquitecto Raul Hestnes Ferreira e do poeta Alexandre Vargas Ferreira. Formou-se em Direito em 1924, tendo sido cônsul na Noruega entre 1925 e 1929. Após o seu regresso a Portugal, enveredou pela carreira jornalística. Foi colaborador de vários jornais e revistas, tais como a Presença, a Seara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes. Esteve ligado ao grupo do Novo Cancioneiro, sendo geral o reconhecimento das afinidades entre a sua obra e o neo-realismo. José Gomes Ferreira foi um representante do artista social e politicamente empenhado, nas suas reacções e revoltas face aos problemas e injustiças do mundo. Mas a sua poética acusa influências tão variadas quanto a do empenhamento neo-realista, o visionarismo surrealista ou o saudosismo, numa dialéctica constante entre a irrealidade e a realidade, entre as suas tendências individualistas e a necessidade de partilhar o sofrimento dos outros.

Da sua obra poética destacam-se, para além do volume de estreia, Lírios do Monte (1918), Poesia, Poesia II e Poesia III (1948, 1950 e 1961, respectivamente), recebendo este último o Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores. A sua obra poética foi reunida em 1977-1978, em Poeta Militante. O seu pendor jornalístico reflecte-se nos volumes de crónicas O Mundo dos Outros (1950) e O Irreal Quotidiano (1971). No campo da ficção escreveu O Mundo Desabitado (1960), Aventuras de João Sem Medo (1963), Imitação dos Dias (1966), Tempo Escandinavo (1969) e O Enigma da Árvore Enamorada (1980). O seu livro de reflexões e memórias A Memória das Palavras (1965) recebeu o Prémio da Casa da Imprensa. É ainda autor de ensaios sobre literatura, tendo organizado, com Carlos de Oliveira, a antologia Contos Tradicionais Portugueses (1958).

Em Junho de 2000, foi lançada no porto a colectânea Recomeço Límpido, que inclui versos e prosas de dezenas de autores em homenagem a José Gomes Ferreira

Fontes: http://www.astormentas.com e Wikipédia.

9 comentários:

Anônimo disse...

ufffff, muy poético pensamiento. me gusta.
un abrazo

chica disse...

Linda poesia!Um dia bem legal,abraços,chica

Valéria lima disse...

Lindo e dolorido retrato da sensibilidade.

BeijooO'

Lídia Borges disse...

Uma escolha bem ao meu gosto.

A sua poética encanta-me porque se situa (como diz) num plano entre o real e o irreal que é o "espaço" onde mora a beleza do sentir.

L.B.

Rosane Marega disse...

E te lendo...veio em minha mente um dia de chuva gostoso, a pipoca, o beijo salgadinho...e a chuva não parou...
Beijosssssssss

Unknown disse...

Com chuva ou com sol, não importa se maritacas ou rouxinol, quando a gente ama, tudo floresce, não importa em que situação...

Lindo poema meu amigo.

Feliz dia pra ti

Bjs

Livinha

Anônimo disse...

Feliz escolha!

Lindo demais!

tem um selinho pra vc no meu blog,está abaixo dos posts.

bjos!

Zil

Sandra Gonçalves disse...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

Lindo demais isso...
Amei. bjos achocolatados

Anônimo disse...

Passando pra agradecer o seu carinho...


boa noite e muita paz!

bjos!

Zil