quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

POR FAVOR, SOMENTE MAIS UNS DIAS!

MEUS QUERIDOS AMIGOS!



Hoje está completando 49 dias que iniciei uma pausa para tratamento da vista. No dia 17 de outubro foi feita a limpeza da lente intraocular do olho direito, e no dia 06 de novembro a do olho esquerdo. No dia 09 de novembro me submeti à cirurgia de pterígio do olho direito, e, por isso, estou pagando meus pecados, usando boné e óculos escuros durante o dia e a noite, pois, segundo ordens do médico, a retirada de ambos somente na hora do banho e quando forem apagadas as luzes para dormir, castigo que se estenderá por um período de 60 dias. No próximo dia 10, retornarei para a segunda revisão, quando, possivelmente, será marcada a data da cirurgia do olho esquerdo.



Agradeço de coração pelas manifestações de carinho e preocupação, não só através dos comentários, mas também, através dos e-mails que tenho recebido, esperando continuar contando com a valiosa compreensão de todos, e prometendo – com a ajuda da minha querida filha – retribuir todos os comentários na medida do possível. Retornarei tão logo me seja permitido, pois a saudade e a falta do convívio de vocês maltratam bastante.



Beijos no coração de todos!

QUE DEUS SEJA LOUVADO!



PS: Este post foi rascunhado por mim, e digitado pela minha filha Roseane, que, muito gentilmente, ao sair da faculdade passou aqui antes de ir para a casa dela, pois como sabem, estou proibido de assistir TV e viajar no PC. Rsrs.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tempo para a saúde.


Tempo para a saúde.



Meus queridos amigos!

Hoje estarei me submetendo a uma limpeza da lente intraocular que me foi implantada quando de uma cirurgia de catarata realizada já há alguns aninhos atrás. Rsrs. Portanto, dependendo das recomendações do médico, pois tenho também que me submeter a retirada de alguns quilinhos de pterígio – com data ainda a ser marcada – devo me ausentar das telinhas (TV e PC) por algum tempo, rogando a DEUS que seja o menor possível.

Mais uma vez, agradeço a indispensável compreensão de todos, prometendo voltar logo que me for permitido, pois, como sabem, é muito difícil viver sem o valioso convívio de vocês.

Beijos no coração de todos.

QUE DEUS SEJA LOUVADO!

Rosemildo Sales Furtado. 

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bêbado.



BÊBADO

A vista turva, o crânio atordoado,
Nada o entristece nem tampouco o encanta.
Tomba, tropeça, cai e se levanta,
Vai cair mais distante, do outro lado.

Julga que a bebedeira. O desgraçado,
Os seus desgostos trágicos espantam.
Esbraveja, sorri, às vezes canta,
Talvez algum lampejo do passado.

Vive, e, não sabe ao certo se tem alma,
Fogem-lhe os dias, e ele jamais sente,
Ruir-lhe do vício o cansaço tão voraz.

Se acaso, o sono, o cérebro lhe acalma,
Ele após despertar, pensa somente,
Em ir para a taverna beber mais.

R.S. Furtado

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sábado, 13 de outubro de 2012

Anestesia Dentária.


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ANESTESIA DENTÁRIA

1844 – Horace Wells, dentista americano, descobre a anestesia dentária. Exercia a Odontologia em Hartford, Connecticut. Assistiu a 10 de dezembro a uma exibição, em que o público se divertia com os efeitos cômicos do protóxido de azoto. Desgovernado pela inalação deste gás, um caiu com a perna sangrando, sem sentir dor. Wells, que tudo observara, convidou o químico, Dr. G. Q. Colton, preparador do referido protóxido a ir ao seu consultório. Presente ali no dia imediato, Wells pediu ao seu colega Riggs que lhe extraísse um molar superior, inalando previamente aquele gás. Assim se fez tendo o Dr. Colton lhe anestesiado. Após a extração disse Wells: “Eis aqui uma nova era da extração dentária. Nada me doeu, nem sequer a dor da picada de um alfinete. É a maior descoberta já feita”. Desde então Wells passou a aplicar diariamente o protóxido de azoto. Em 1845 foi a Boston propagar seu novo método. Dentre os dentistas e médicos, somente Morton, seu antigo discípulo e colega de consultório lhe deu crédito. Ambos convidaram o Dr. Warren, do Hospital Geral de Massachusetts para uma demonstração aos seus alunos. 
Este, apesar de não crer na eficiência do protóxido de azoto, incapaz, segundo ele, de anestesiar o tempo suficiente do ato cirúrgico, acedeu ao convite. Reuniu na mesma noite os estudantes. Iniciada a operação, diante de grande expectativa, o paciente gemeu do primeiro ao último instante, redundando em tremando fracasso. Wells foi ridicularizado e tachado de charlatão. Fora infeliz. O gás empregado era de qualidade inferior. Desiludido, voltou a Hartford. Dois anos depois, mais entusiasmado, embarcou para a Europa, a fim de difundir a sua descoberta. A Sociedade Médica Francesa e os demais médicos europeus, porém, não lhe deram ouvidos. Preferiram o éter sulfúrico, de origem européia, mais conhecido entre eles. Além disso, um médico escocês, o Dr. Simpson, descobriu os efeitos do clorofórmio como anestésico. Desesperado, Wells voltou para os Estados Unidos. Somente mais tarde é que a Sociedade Médica Francesa lhe conferia um Diploma de Honra. Reconheceu nele o verdadeiro descobridor da anestesia pelo protóxido. Uma carta lhe comunicara que a Associação dos Médicos de Paris “proclamara, por um voto, que é unicamente a Horácio Wells, de Hartford, Connecticut, que cabe a honra de ter pela primeira vez vencido a dor, fazendo um doente respirar os gases vaporizados”. Esta carta, porém, chegou atrasada. Alguns dias antes, a 24 de janeiro de 1848, torturado e desgostoso, Horácio Wells já se havia suicidado.

Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo ilustre professor Elias Barreto e publicado pela Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas, edição de 1967, volume 3, página 409.

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sol e Anarda.




SOL E ANARDA

O sol ostenta a graça luminosa,
Anarda por luzida se pondera;
o sol é brilhador na quarta esfera,
brilha Anarda na esfera de fermosa.

Fomenta o sol a chama calorosa,
Anarda ao peito viva chama altera,
o jasmim, cravo e rosa ao sol se esmera,
cria Anarda o jasmim, o cravo e a rosa.

O sol à sombra dá belos desmaios,
com os olhos de Anarda a sombra é clara,
pinta maios o sol, Anarda maios.

Mas (desiguais só nisto) se repara
o sol liberal sempre de seus raios,
Anarda de seus raios sempre avara.

Manuel Botelho de Oliveira

Manuel Botelho de Oliveira nasceu na Bahia em 1636; estudou Direito em Coimbra, e, de volta ao Brasil, dedicou-se à advocacia e à política: foi vereador do Senado da Câmara de Salvador (1710) e capitão-mor das ordenanças de Jacobina. Morreu em 05 de janeiro de 1711. Era bastante rico, segundo Pedro Calmon, para emprestar dinheiro ao Estado, e ainda com vigor para lhe entrar os sertões. “Argentário - continua o historiador – aparece em vários documentos como credor de dinheiro a juros: assim no testamento de D. Francisca de Saúde (Cr$ 175)... Foi casado com D. Felipa de Brito e sepultado na igreja do Carmo”. Esse casamento era o segundo; matrimoniara-se antes com D. Antônia de Meneses, celebrando-se as novas núpcias, por viuvez, em 24 de janeiro de 1677. Seu livro foi publicado quando ele tinha quase setenta anos.

Fonte: “Poesia Barroca” Antologia – Edições Melhoramentos – 1967.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Trapezista Voadora.


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A TRAPEZISTA VOADORA


Rasga a abóbada celeste do circo.
Fica a noite suspensa de seu alto
e ousado gesto absoluto. Tremo,
deslumbrado, entre silêncio e salto,


entre barra e pulso, amor e medo,
raiz e fruto. O corpo de gata
e lantejoulas rápidas, sereno,
flutua no espaço e arrebata


meu coração aflito, olhar e sexo.
É luz, lume, nuvem, deusa, acrobata?
Ou gata no cio num céu sem nexo?


Flor de lótus ou lis? Astro secreto?
Voo seu voo veloz, for exacta,
concisa como um verso no soneto.

José Carlos Vasconcelos

José Carlos de Vasconcelos (Freamunde, Paços de Ferreira, 10 de Setembro de 1940) é um jornalista e advogado português.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra iniciou a carreira em 1966 no Diário de Lisboa. Foi dirigente da Associação Académica de Coimbra e do Sindicato dos Jornalistas e deputado à Assembleia da República eleito pelo extinto partido Renovador Democrático, de que foi um dos fundadores.
Foi director-adjunto do Diário de Notícias e um dos fundadores do semanário O Jornal, de que veio a ser director.
Atualmente pertence à direcção editorial da revista Visão e é director do Jornal de Letras.
Fonte: Wikipédia. 
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domingo, 7 de outubro de 2012

Mundo Interior.


MUNDO INTERIOR

Ouço que a natureza é uma lauda eterna
de pompa, de fulgor, de movimento e lida,
uma escala de luz, uma escala de vida
de sol à ínfima luzerna.

Ouço que a natureza, – a natureza externa, –
tem o olhar que namora, e o gesto que intimida,
feiticeira que ceva uma hidra de Lerna
entre as flores da bela Armida.

E contudo, se fecho os olhos, e mergulho
dentro em mim, vejo à luz de outro sol, outro abismo
em que um mundo mais vasto, armado de outro orgulho,

rola a vida imortal e o eterno cataclismo,
e, como o outro, guarda em seu âmbito enorme,
um segredo que atrai, que desafia, – e dorme.

Machado de Assis
 
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839. Em 1855 viu sair na Marmota Literária, pela primeira vez, um seu trabalho, a poesia “Ela”. Entrou em 1856 na Imprensa Nacional como aprendiz de tipógrafo, e no ano seguinte passou a exercer a função de mister de revisor de provas, em livraria e em jornal. Em 1859 já é crítico teatral e em 1860 tem a seu cargo várias secções, no Diário do Rio de Janeiro. Cavaleiro da Ordem da Rosa, por serviços às letras (1867), foi elevado a oficial em 1888. Chegou a diretor-geral em sua carreira de funcionário público, na qual se aposentou. Foi o primeiro presidente da Academia Brasileira, e faleceu no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908.

Fonte: “Poesia Parnasiana” Antologia – Edições melhoramentos – 1967.
  
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ceder é necessário.

 CEDER É NECESSÁRIO!
Para se ter uma vida em comum, necessário se faz que as partes saibam ceder o suficiente, para que possam fazer jus ao suficientemente cedido.”
R.S. Furtado 
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Mochila de Ouro.


 A MOCHILA DE OURO

Havia dois homens, um rico e outro pobre, que gostavam de fazer peças um ao outro. Foi o compadre pobre à casa do rico pedir um pedaço de terra para fazer uma roça. O rico, para fazer peça ao outro, lhe deu a pior que tinha. Logo que o pobre teve o sim, foi para casa dizer a mulher, e foram ambos ver o terreno. Chegando lá nas matas, o marido viu uma mochila de ouro, e, como era em terras do compadre rico, o pobre não a quis levar para casa, e foi dizer ao outro que em suas matas havia aquela riqueza. O rico ficou logo todo agitado, e não quis que o compadre trabalhasse mais nas suas terras. Quando o pobre se retirou, o outro largou-se com a sua mulher para as matas a ver a grande riqueza. Chegando lá, o que achou foi uma grande casa de marimbondos; meteu-a num grande saco e tomou o caminho da casa do pobre e, logo que o avistou, foi gritando:

– “Ó compadre, fecha as portas e deixa somente uma banda da janela aberta”. O compadre assim fez, e o rico, chegando perto da janela, atirou a casa de marimbondos dentro da casa do amigo e gritou: – “Fecha a janela compadre!” Mal os marimbondos bateram no chão, transformaram-se em moedas de ouro, e o pobre chamou a mulher e os filhos para as ajuntar. O ricaço gritou então: – “Ó compadre, abre a porta!” Ao que o outro respondia: as – “Deixa-me, os marimbondos estão me matando!” E assim ficou o pobre rico e o rico ridículo.

Sílvio Romero. 

 
Fundador da Cadeira 17. Recebeu o Acadêmico Euclides da Cunha.
Sílvio Romero (S. Vasconcelos da Silveira Ramos R.), crítico, ensaísta, folclorista, polemista, professor e historiador da literatura brasileira, nasceu em Lagarto, SE, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de julho de 1914. Convidado a comparecer à sessão de instalação da Academia Brasileira de Letras, em 28 de janeiro de 1897, fundou a Cadeira nº 17, escolhendo como patrono Hipólito da Costa. Leia mais aqui:

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domingo, 30 de setembro de 2012

Aurora.


AURORA 

A poesia não é voz - é uma inflexão. 
Dizer, diz tudo a prosa.  No verso 
nada se acrescenta a nada, somente 
um jeito impalpável dá figura 
ao sonho de cada um, expectativa 
das formas por achar.  No verso nasce 
à palavra uma verdade que não acha 
entre os escombros da prosa o seu caminho. 
E aos homens um sentido que não há 
nos gestos nem nas coisas:
 
Adolfo Casais Monteiro 

Adolfo Victor Casais Monteiro nasceu no dia 4 de Julho de 1908, na cidade do Porto, freguesia de Massarelos. Filho de Adolfo de Paiva Monteiro e de Victorina de Sousa Casais Monteiro, recebeu uma educação laica que privilegiou os valores da cultura e da intelectualidade, típicos do seu estrato social.
Cinco anos após a implantação da República, Casais Monteiro frequentou, na mesma cidade, o segundo grau do ensino primário no Colégio Almeida Garrett e iniciou os estudos liceais no Liceu Rodrigues de Freitas, ambos no Porto. Em meados dos anos 20, aquando da implantação da ditadura militar, ingressou na Faculdade de Letras da Universidade do Porto
 para frequentar o curso de Ciências Históricas e Geográficas, acabando por concluir o curso de Ciências Históricas e Filosóficas em 1933. Leia mais aqui:

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Poema quarto de um canto de acusação.


POEMA QUARTO DE UM CANTO DE ACUSAÇÃO 

Há sobre a terra 50 000 mortos que ninguém chorou 
                                                                          sobre a terra 
                                                                               insepultos 
                                                                        50 000 mortos  
que ninguém chorou. 

Mil Guernicas e a palavra dos pincéis de Orozco e de Siqueiros  
do tamanho do mar este silêncio  
espalhado sobre a terra 

                        como se chuvas chovessem sangue    
                        como se os cabelos rudes fossem capim de muitos 
metros 
                        como se as bocas condenassem  
                        no preciso instante das suas 50 000 mortes  
todos os vivos da terra.  

Há sobre a terra 50 000 mortos  
que ninguém chorou  

ninguém...  

As Mães de Angola
             caíram com seus filhos   

Costa Andrade 

Leia mais um belo poema e a biografia do autor aqui: 

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Não Sabes.


NÃO SABES 

Quando alta noite n'amplidão flutua 
Pálida a lua com fatal palor, 
Não sabes, virgem, que eu por ti suspiro 
E que deliro a suspirar o amor. 

Quando no leito entre sutis cortinas 
Tu te reclinas indolente aí, 
Ai! Tu não sabes que sòzinho e triste 
Um ser existe que só pensa em ti. 

Lírio dest'alma, sensitiva bela, 
És minha estrela, meu viver, meu Deus. 
Se olhas – me rio, se sorris – me inspiro, 
Choras – deliro por martírios teus. 

E tu não sabes deste meu segredo, 
Ah! tenho medo do teu rir cruel!... 
Pois se o desprezo fosse a minha sorte 
Bebera a morte neste amargo fel. 

Mas dá-me a esperança num olhar quebrado, 
Num ai magoado, num sorrir do céu, 
Ver-me-ás dizer-te na febril vertigem: 
“Não sabes, virgem? Meu futuro é teu!” 

Castro Alves 

Leia mais um belo poema e a biografia do autor aqui: 

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domingo, 23 de setembro de 2012

Setuagenário.

  SETUAGENÁRIO 

Completos hoje estão na minha vida, 
Setenta anos de sonhos e esperanças. 
Dias, noites, têm sido na subida, 
Como brumas rolando pelas tranças. 

Porto sempre distante - indócil guarida, 
Velas brancas levadas sem bonanças. 
Da fragílima nau, mas destemida, 
Num oceano de sagas nunca mansas. 

Colher eu tenho só nos maus amores, 
No trajeto me dado a percorrer, 
Pétalas secas de caídas flores. 

Chegando ao fim já da jornada estou, 
Que traçou-me o destino; e, no viver, 
Penso em ser tanta coisa, e, nada sou. 

R.F. Furtado 

Queridos amigos! 

Hoje, 23 de setembro é o dia em que, para nós, a mais bela estação do ano está chegando aqui no nosso Brasil, assim como um dia muito especial, por ser no ano, o dia em que nós, Rosemildo Sales Furtado, Rosemildo Sales Furtado Filho e Rosenildo Pereira de Aguiar Furtado, agradecemos ao nosso PAI SUPREMO o fato de estarmos vivos e podermos comemorar mais uma primavera. 

NOSSO MUITO OBRIGADO AO NOSSO AMADO DEUS! 

Rosemildo Sales Furtado 
Rosemildo Sales Furtado Filho 
Rosenildo Pereira de Aguiar Furtado (filho) 

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lentes para frangos.


LENTES PARA FRANGOS 

1963 – O Dr. Albert Shriner, presidente do Centro de Controle de Investigações sobre visão, acaba de criar uma lente de contacto a ser usada pelos frangos e outras aves frustradas, que tenham alterações nervosas. Tal Centro que se localiza em Santa Rosa, na Califórnia, mantém nessa cidade uma farmácia, que avia receitas a aves, de que é grande produtora, bem como de ovos. As lentes de contacto para frangos são de material plástico, de cor avermelhada e reduzirão o nervosismo das aves e o desperdício de alimentos. Evitam o pânico, quando as aves se acham expostas a ruídos e movimentos repentinos. Resolve ainda o problema do canibalismo, que tanto atormenta os avicultores. As lentes adaptadas às galinhas e frangos, são colocadas nos olhos dessas aves, quando ainda têm seis a oito semanas de idade. Elas se acostumam e usam-nas permanentemente. Tornam-se dóceis, calmas. Os frangos, com isso, perdem a mania de bicar seus irmãos de terreiro e as galinhas produzem mais ovos, pois deixam de ser nervosas e irritadas. 

Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo ilustre professor Elias Barreto e publicado pela Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas, edição de 1967, volume 5, página 887. 

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Drama na cela disciplinar.


DRAMA NA CELA DISCIPLINAR 

A aranha monstruosa está com apepsia: 
Dou-lhe a aprazada mosca sempre a hora habitual, 
Mas não galga o violino como já fazia, 
Solerte, amarela e negro, para a fatal 
Deglutição. E só já reage à terceira 
Fumarada do meu cigarro. Enfim, zangada: 
Não me lembrei ver se aquela insulsa rameira, 
Já tonta, que lhe dei, estaria tocada 
Pelo insecticida de horas antes. Farricoco 
De moscardos a boa vida ou domador 
Falhado, restam-me as paredes e eu — oco 
No cerne — estes fonemas a doer, o calor 
E o frio; a loucura, os janízaros bem pouco 
Amigos, a colite, os versos sem valor... 

António Cardoso 

Leia mais um belo poema e a biografia do autor, aqui: 

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Segunda impaciência do poeta.


SEGUNDA IMPACIÊNCIA DO POETA 

Cresce o desejo, falta o sofrimento, 
Sofrendo morro, morro desejando, 
Por uma, e outra parte estou penando 
Sem poder dar alívio a meu tormento. 

Se quero declarar meu pensamento, 
Está-me um gesto grave acobardando, 
E tenho por melhor morrer calando, 
Que fiar-me de um néscio atrevimento. 

Quem pretende alcançar, espera, e cala, 
Porque quem temerário se abalança, 
Muitas vezes o amor o desiguala. 

Pois se aquele, que espera se alcança, 
Quero ter por melhor morrer sem fala, 
Que falando, perder toda esperança. 

Gregório de Matos 


Leia mais um belo soneto e a biografia do autor clicando em: http://arteemoes.blogspot.com.br/2010/01/buscando-cristo.html 

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sábado, 15 de setembro de 2012

Soneto XVI.


SONETO XVI 

O louro chá no bule fumegando 
De Mandarins e Brâmanes cercado; 
Brilhante açúcar em torrões cortado; 
O leite na caneca branquejando. 

Vermelhas brasas, alvo pão tostado; 
Ruiva manteiga em prato bem lavado; 
O gado feminino rebanhado, 
E o pisco Ganimedes apalpando; 

A ponto a mesa está de enxaropar-nos. 
Só falta que tu queiras, meu Sarmento, 
Com teus discretos ditos alegrar-nos. 

Se vens, ou caia chuva, ou brame o vento, 
Não pode a longa noite enfastiar-nos, 
Antes tudo será contentamento. 

Correia Garção 

Pedro António Correia Garção (1724-1772) nasceu em Lisboa. Frequentou o curso de Direito da Universidade de Coimbra, mas teve de abandonar os estudos, tornando-se oficial de secretaria e redactor da Gazeta de Lisboa. É considerado um dos mais importantes poetas neoclássicos da litratura portuguesa. Pertenceu à Arcádia Lusitana, utilizando o pseudónimo de Corydon Erimantheo. As suas poesias foram publicadas em 1778 num só volume intitulado Obras Poéticas. Escreveu duas comédias: Teatro Novo e Assembleia ou Partida. 

Fonte: http://alfarrabio.di.uminho.pt

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Reação.


REAÇÃO 

Vamos querida, pela vida a fora, 
Unidos pelo nosso amor florido. 
Que seja num céu azul, e lindo agora, 
O mundo enganador e denegrido. 

Que o nosso amor jamais seja contido, 
Floresça em cada e em cada aurora. 
Estáticos, atiremos para o abismo, 
Os dissabores trágicos de outrora. 

Abandonemos do martírio a cruz, 
Façamos do viver um paraíso, 
De róseas tardes e manhãs azuis. 

Fortes, renasçam, pois, nossos desejos, 
Haja alegria em flor nos teus sorrisos, 
E sôfrega harmonia nos meus beijos. 

R.S. Furtado 

Meus queridos amigos! 

Depois de quase três meses de ausência, tempo utilizado para solução de assuntos particulares, eis que, com a graça de DEUS, aqui estamos de volta para agraciar-nos com o maravilhoso convívio de todos vocês. 

Agradecemos penhoradamente pela valiosa compreensão, as amáveis visitas, assim como todos os comentários, inclusive, alguns com uma certa dose de preocupação, em virtude do nosso afastamento. 

Aproveitamos a oportunidade, para informar que estamos bem, e que, aos poucos, todas as visitas serão retribuídas, pois, como sempre, a recíproca será verdadeira. 

Muito obrigado de coração. 

“QUE DEUS SEJA LOUVADO” 

Rosemildo Sales Furtado 

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terça-feira, 19 de junho de 2012

Mutação.


MUTAÇÃO 

Batel sem norte, o espírito naufraga 
neste medonho pélago de ciúme, 
que os suplícios do amor todos resume, 
e as vítimas do amor todas alaga: 

quando entram n'alma as sombras do azedume, 
quando nasce no peito hedionda chaga; 
sofre-se... curte-se uma dor que esmaga, 
e não se exala ao menos um queixume... 

Mas, de repente – delicioso instante! – 
uma doce cartinha, inesperada, 
torna feliz um coração amante! 

Dor... azedume... isso não vale nada! 
Todos os males se dissipam diante 
das garatujas da mulher amada! 

Artur Azevedo 

Leia mais um belo soneto e a biografia do autor aqui: 

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Paixão ardente.


PAIXÃO ARDENTE

La fora, a noite tão linda e fria,
A brisa forte pela janela entrava.
Ca dentro, teu corpo no leito se estendia,
Juntinho e sedento eu te contemplava.
Com fome de amor, meu corpo explodia,
Ao amanhecer, a gente se amava.

O tempo passou tão rapidamente,
É chegada a hora da separação.
Me abraças, me beijas, tão loucamente,
Acendendo as chamas de uma louca paixão.
Com os corpos trêmulos, então novamente,
Amamos, amamos, rolando no chão.

Nosso amor tão sincero e sublime,
Com nenhum outro pode se comparar.
Tão lindo e brilhante como uma vitrine,
É um amor que, igual, ninguém vai encontrar.
O senhor nos criou, nos uniu, e previne,
Que nada no mundo, vai nos separar.

R.S. Furtado

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Literatura & Companhia Ilimitada.


Amigos!
Hoje estarei viajando para Recife, onde passarei alguns dias e, possivelmente, estarei fora do ar por um breve período. Espero contar com a costumeira compreensão de todos.
Beijos no coração de todos.


Rosemido Sales Furtado.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A Rendeira.


A RENDEIRA 

Na teia da manhã que se desvela, 
a rendeira compõe seu labirinto, 
movendo sem saber e por instinto 
a rede dos instantes numa tela. 
Ponto a ponto, paciente, tenta ela 
traçar no branco linho mais distinto 
a trama de um desenho tão sucinto 
como a jornada humana se revela. 
Em frente, o mar desfia a eternidade 
noutra tela de espuma e esquecimento 
enquanto, entrelaçado, o pensamento 
costura sobre o sonho a realidade. 
Em que perdida tela mais extrema 
foi tecida a rendeira e este poema? 

Adriano Espínola 


Adriano Espínola é poeta, ensaísta e professor da UFRJ. Parte de sua obra é dedicada à Fortaleza, sua cidade natal. "Fala, favela" (1981), "Táxi" (1986) e "Beira-Sol" (1997), sintetizam a experiência sensorial com a cidade. Seu livro de poesias "Beira-Sol" (1997) recebeu o Prêmio de Poesia – 2006 da FBN para Obra em Curso e "Praia provisória" (2006) rendeu-lhe o Prêmio ABL de Poesia, em 2007. Como ensaísta lançou "As artes de enganar: um estudo das máscaras poéticas e biográficas de Gregório de Mattos" (2000), sua tese de doutorado. Seu livro-poema "Táxi" foi traduzido para o inglês por Charles Perrone e lançado na coleção Literatura Mundial em Tradução (Nova York/Londres: Garland, 1993). Como escritor convidado, participou, dentre outros eventos, do Festival Internacional de Poesia do Mundo Latino, em Bucareste (1997), do 18º. Salão do Livro, em Paris (1998), e do Congresso de Escritores Brasil-Portugal, no Porto (2000). É membro do PEN Club do Brasil desde 2006. Foi professor-leitor de Cultura e Literatura Brasileiras na Université Stendhal Grenoble III, em Grenoble-França, de 1989 a 1991, e professor convidado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, de Teoria Literária, de 2004 a 2007. Atualmente é professor associado de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. 

Fonte: Academia Brasileira de Letras. 

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