segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eva.


EVA

Surge Adão: Eva após; Deus os exorta. 
Tinham no Paraíso eterno encanto; 
Roubam O fruto, que é vedado, e entanto
Deles toda a ventura é logo morta.

A vista deles Deus já não suporta,
E envolve a face irada em rubro manto;
Cai-lhes dos olhos o primeiro pranto:
Rangeu, o Éden fechando, a brônzea porta.

Tinham lá dentro sândalos e nardos;
O anjo de Deus em fogo a espada eleva;
O Sol golpeia-os com seus áureos dardos;

Urram leões em torno, ao pé, na treva.
Eriça-lhes a terra urzes e cardos...
Mas ao seu lado... Adão inda tem

Luís Delfino

Leia mais um belo soneto e a biografia do autor clicando aqui.

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3 comentários:

chica disse...

Lindo poema, tema interessante dele! abraços,linda semana,chica

Anônimo disse...

EXCELENTÍSIMO POEMA!!!
UN ABRAZO

Wanderley Elian Lima disse...

Olá Rosemildo
E assim inicia toda a angústia da humanidade. Belo poema.
Abraço